Carta aberta aos estudantes – ou manifesto não importa o ponto

Diante dos últimos acontecimentos dentro do movimento estudantil e das diversas manifestações de grupos que surgem em apoio à greve, ocupação e até defendendo seu fim, nos sentimos na obrigação de nos manifestarmos também, nós, um coletivo de alunos que acredita que independente do ponto, o foco agora deve ser a luta.

Presenciamos algumas das ações do movimento, plenárias e assembleias e acreditamos que muito do quem sido dito na internet por parte do movimento anti-greve é distorcido em argumentos falsos e polêmicas desnecessárias. Porém não concordamos com algumas ações do comando de greve também, por isso gostaríamos de pontuar nossa posição política em relação ao que tem sido construído nos quase dois meses de greve:

Há muitas críticas a forma como o comando de greve tem se constituído e concordamos quando a questão do calendário é levantada, porque de fato, muita coisa é proposta, mas poucas são as atividades que ocorrem no campus durante a semana. Cobramos das comissões uma melhor organização das atividades e a garantia que elas ocorram, para que o movimento não se esvazie ainda mais e se perca esse importante momento de discussão política no campus. Acreditamos também que as plenárias muitas vezes são confusas e tem discussões que pouco acrescentam ao movimento. Diante disso pedimos que os estudantes que votaram a favor da greve se mobilizem para trabalhar nas comissões e construir o processo, mas também que haja mais clareza nas falas e colocações tanto em assembleia, quanto em plenária.

Quanto às assembleias gerais, acreditamos que não há neutralidade quando se está à frente de uma assembleia, mas defendemos a imparcialidade das ações individuais das pessoas que compõem a mesa. Neutralidade e imparcialidade são coisas distintas e acreditamos que é possível trabalhar dessa forma. Por isso acreditamos que as votações quando muito acirradas (como foi o caso da última votação para manter ou não a greve) devem ser contadas e a mesa dever ser mais responsável nessa decisão pela garantia da democracia no nosso movimento. No entanto também defendemos que haja a discussão política nas assembleias por meio da garantia das falas. Repudiamos, portanto as posições infantis de pessoas que se organizam simplesmente para comparecer e votar contra a greve e que não se propõe a participar do debate político.

Também defendemos que a plenária aberta deve ser mantida quanto espaço para debate de todos envolvidos no movimento e que ela não só pode como deve ter caráter deliberativo, afinal, muitas coisas acontecem todos os dias no campus e não dá para esperar uma assembleia para decidir o que fazer. No entanto manifestamos nossa posição contrária a ações que foram construídas pelos estudantes, mas que não passaram por aprovação do comando, como a própria construção do espaço Marighella. Não somos contra o espaço, mas acreditamos que isso deveria ter sido discutido no mínimo em plenária do comando, entre outras coisas que acabam acontecendo sem passar pelo comando. Apesar de pequenos impasses como esse, defendemos a legitimidade das comissões e do próprio comando que tem construído o movimento e avançado na luta. Inclusive defendemos que a ocupação que foi deliberada em plenária é sim legitima, por ter sido votada democraticamente em reunião aberta a todos estudantes e que independente das divisões que surgem após esse processo, a ocupação pode ser avaliada como uma pequena conquista, pois dela é fruto a audiência pública na ALESP e a reunião com a reitoria.

Aproveitamos para ressaltar frente aos últimos acontecimentos que em nossa visão é uma perda grande quando os estudantes começam a se dividir por discordâncias políticas, partidárias ou pessoais. As diferenças existem e temos que trabalhar com elas de forma a agregar e fazer o movimento ganhar força dentro do corpo de estudantes e não segregar. Quando determinadas frentes ou coletivos decidem“radicalizar” ou “confrontar” o movimento, quem perde SÃO TODOS OS ESTUDANTES, que desanimados e confusos com essas picuinhas estudantis, deixam de construir aquilo que importa nesse momento: A CONQUISTAS DE NOSSAS PAUTAS.

Por isso APESAR de defendermos a liberdade de organização desses coletivos e frentes dentro do movimento, COLOCAMOS a questão para reflexão de todos os estudantes que fazem parte desses grupos e frentes avaliarem se nesse momento tais atitudes tem sido efetivamente construtivas dentro da mobilização estudantil, ou se tem representado um desgaste para ambas as partes, culminando em ações violentas entre os estudantes.

Nisso pontuamos a questão dos piquetes e da violência que muito tem sido discutida nesse movimento. Em nossa visão os piquetes só existem porque os estudantes ainda não entenderam que uma assembleia de estudantes é soberana e que sua decisão deve ser respeitada independente de posições pessoais. Toda ação na tentativa de não respeitar essa decisão e entrar na aula representa, ao nosso ver, ou uma falta de entendimento político do caráter democrático de uma assembleia, ou uma atitude individualista de um corpo de alunos que não respeita o coletivo. Em ambas as situações defendemos que deve haver o dialogo e se necessário, ações diretas na tentativa de fazer valer a decisão da assembleia.

Entendemos que muita coisa tem sido distorcida na internet sobre os casos de “agressão aos professores”, mas também repudiamos algumas ações individuais de alguns estudantes do movimento que não respeitam a consciência política de cada individuo e partem para agressões verbais que julgamos desnecessárias. Inclusive, aproveitamos para expor que os ânimos exaltados entre os estudantes representam um ganho para a reitoria/diretoria acadêmica, pois ao invés de nos unirmos para fortalecer a luta, temos presenciado agressões, atrás de agressões que partem dos próprios estudantes.

Também entendemos que isso é fruto de um processo que partiu da própria direção da universidade quando decidiu instaurar processos de sindicância contra estudantes do movimento estudantil. Para nós é evidente que os estudantes se sentiram ameaçados e isso desencadeou uma sucessão de ações radicais do próprio movimento. Porém acreditamos que é a hora de “tomar um chá e esfriar a cabeça” para pensarmos coletivamente em ações efetivas que nos levem a conquista de nossas pautas.

Repudiamos também os comentários e manifestações agressivas, machistas e politicamente baixas que ocorrem no blog e nas redes sociais. Defendemos a conscientização de todos os estudantes através de constante debate, o respeito a livre expressão, desde que tais debates se deem por meio de argumentos sólidos e construtivos e não esse circo que encontramos na internet. Convidamos os estudantes que tem dúvidas a comparecer ao campus para esclarecer, conversar, participar e questionar as ações do movimento para que cada estudante possa formar uma opinião sólida sobre o que ocorre no campus ao invés de acreditar nos argumentos e fatos distorcidos que frequentemente surgem na rede.

Por fim, REPUDIAMOS ACIMA DE TUDO a má administração por parte da diretoria do campus, as decisões por parte da congregação em punir os alunos em sindicância, a inércia da reitoria e as perniciosas políticas públicas que mantém e agravam a situação de descaso com o ensino superior desse país.  Não podemos nos esquecer quem são os verdadeiros responsáveis por essa situação de caos entre os estudantes, nem do motivo pelo qual estamos em greve!

Assim, acreditamos que apesar dos erros do comando, há um grande esforço por parte de todos os envolvidos ativamente em manter a mobilização e avançar para conquista das pautas. Isso se mostra no avanço político das discussões no campus e até no blog, que inclusive é visto por nós como uma ferramenta muito boa para criar um movimento democrático e transparente. Nisso qualquer discordância pode e deve ser feita por forma de manifesto, protesto ou o que for, mas que é importante que haja uma iniciativa de construir. Defendemos então a união de todos os estudantes frente aos nossos verdadeiros inimigos: As políticas que atrasam o avanço da educação nesse país e a má administração que nos coloca nessa situação de caos acadêmico!

Porque não importa o ponto, importa a luta!

Coletivo de alunos que acreditam na luta

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  1. Huston

    Concordo com quase tudo,exceto quando você fala da participação apenas de quem votou a favor da greve.Creio que dentro de um processo político.”Meu”posicionamento individual deve se submeter ao todo,isto é,para que haja uma unidade e então um processo construtivo.Sou defensor convicto da divergência,desde haja sentido.Em suma do debate.No entanto confesso que quando “nós”,que perdemos num processo viramos as costas para o que o outro apresentou,isto não é política.E,sim vaidade.

  2. Juraci Baena Garcia

    QUE E ISTO COMPANHEIROS!

    Se constrói uma caminhada caminhando. Fazer análises ainda no campo do idealismo, qualquer pessoa ou grupo faz seja pontuado ou contra pontuado, principalmente após leitura dos fatos ocorridos.

    Ler Brecht e outras tática de enfrentamentos em situações críticas pode ser uma opção. Temos de localizar todo e qualquer lacaio e denunciar toda e qualquer manobra.

    Que e isto companheiros!

    1. Alpha

      “Temos de localizar todo e qualquer lacaio e denunciar toda e qualquer manobra.”

      No que essa sentença diferencia-se da repressão que vocês tanto criticam?

  3. Alpha

    Esse texto teria sido ideal… se tivesse sido publicado até uma semana depois que a paralisação começou, pois publicar algo assim depois de tanta arbitrariedade chega a ser uma afronta. Sem contar que o texto desqualifica qualquer coisa que não venha desses aí que ainda se julgam representantes dos discentes, é mais ou menos assim: “se não pensa como nós, então está contra nós”. Daí para tentar unir o interesse discente, o texto tenta colocar a administração como inimigo comum, algo que é uma santa ingenuidade.

    Fora isso, não há sequer uma pauta decente porque a vaidade pessoal de alguns sobrepõe-se a ela, daí que se tem um monte de sujeitos numa ilusória luta contra entidades abstratas cuja proposta, mesmo que maluca, continua comprando muitos desavisados e acaba colocando-os a serviço de certos interesses que, num exame mais atencioso, constata-se que o “objeto de luta” sequer é o interesse discente. Para exemplificar: basta ler o texto “Frente 5 de Maio”, que foi publicado aqui mesmo nesse blog, para entender o porquê da desistência da ocupação, também vale a pena assistir à audiência entre o reitor e uma comissão de alunos realizada em 08/05, onde se pode formar uma opinião mais consistente da atual representação estudantil e seus “objetos de luta”. Pois bem, o que antes era algo claro e objetivo (o prédio) transformou-se em luta contra a “precarização da educação” e outros temas que sequer vale citar aqui, a lógica usada é a mesma daqueles que, em vez de combater o “criminoso”, resolve protestar avidamente contra a “criminalidade”.

    1. Frida Kahlo

      Viesse um texto assim no inicio da greve “humilde”, explicativo e que procurasse chamar os alunos a luta (independente de posição ideológica) que, inteligentemente, conquistariam a credibilidade de todos! eu, continuaria contraria a greve, mas teria total respeito por essas pessoas e ate admiracao; no entanto, transcorridos dois meses de greve, semestre cancelado, e nada de efetivamente conquistado, e muito cinismo querer me fazer crer que de repente a empáfia cedeu lugar ao dialogo e, que de agora em diante vai haver uma mobilização digna de estudantes verdadeiramente solidários e unidos em prol de uma causa! Ah! Que palhaçada! Esta cartinha amiga só foi lançada frente a iminente derrota na proxima votação e a completa desmoralização e descredito que esse grupo vai ser lembrado até a formatura, expulsão ou jubilamento, desses seres absurdamente vaidosos e egoístas!

      Tomar um chá e esfriar a cabeça? Agora e tarde…..

      Ps.: aconselho tambem um chazinho bem forte de simancol, principalmente nos dias frios de completa inércia em que vocês cairão em breve, porque essa greve vai acabar… Já dizia minha Mae: não há bem que sempre dure e mal que nunca acabe!

  4. Bruno

    Este manifesto, apesar de um pouco lúcido, é, na verdade, uma tentativa de não legitimar uma oposição ao caos político que esta situação perpetua no Campus. Aliás, parece ser um ataque deliberado contra o coletivo Contraponto. Destaco este trecho:

    “Por isso APESAR de defendermos a liberdade de organização desses coletivos e frentes dentro do movimento, COLOCAMOS a questão para reflexão de todos os estudantes que fazem parte desses grupos e frentes avaliarem se nesse momento tais atitudes tem sido efetivamente construtivas dentro da mobilização estudantil, ou se tem representado um desgaste para ambas as partes, culminando em ações violentas entre os estudantes”.

    Ora, não entendo o motivo de tanta preocupação com um grupo que se propõe a dialogar e ser uma ALTERNATIVA de oposição ao discurso grevista. Vale ressaltar que não somos “anti-greve”; apenas compreendemos que a greve enquanto intrumento político, é uma forma de luta com objetivos muito claros, pontuais e que deve ser planejada e construída por todo coletivo discente, não apenas por um grupo que exerce seu “poder” de forma prepotente.

  5. Márcia Domingues

    Concordo com quase tudo, exceto o carater deliberativo do comando de greve, acho que os estudantes devem discutir esse carater e só passar a ser deliberativo após aprovação em assembléia!
    O radicalismo de alguns grupos dentro do movimento estudantil não colaboram com o andamento da greve! por isso devemos discutir o carater do comando, ainda mais quando parte do movimento reclama a falta de legitimidade e representatividade do mesmo! a auto crítica é pra avançar na luta! eu acredito na organização da greve através do comando e que ele possibilita a participação de todo movimento estudantil, mas o processo político é complicado, o movimento estudantil da unifesp é plural, tem muitas vozes, inclusive divergentes, então não se trata somente de brigas entre grevistas e não grevistas, mas de relação de poder, relação de classe, cada um tem uma visão de mundo diferente e é óbvio que todos vão agir de acordo com o q acreditam! ninguém tá imune de cair no erro! agora quando se vê esse fenômeno de ataque entre os estudantes tem q se perguntar o q tá acontecendo!
    Quero só fazer um pedido que as pessoas que postarem no blog se identifiquem pra fazermos uma discussão às claras!! e por favor vamos pensar no que postamos, chega de ódio, chega de revanchismo gente!!!

    1. Frida Kahlo

      Márcia, não importa se vc e pro ou contra a greve, obrigada pelo tom equilibrado e amparado na realidade.

  6. Juraci Baena Garcia

    PRÁTICO-UTILITÁRIO-ESCOLÁSTICO

    Primeiro levaram os 48 estudantes (2007-2008)
    Mas não me importei com isso
    Eu não estou nesta maldita lista que enfiaram na pauta

    Em seguida levaram mais 2 estudantes (câmaras)
    Mas não me importei com isso
    Até gosto das danadas, pareço artista

    Em seguida, fabricaram FACTÓIDES contra estudantes
    Mas não me importei com isso
    É problemas destes maconheiros, vagabundos e vadias

    Depois fizeram BOs contra estudantes
    Mas não me importei com isso
    Foda-se eles

    Depois chamaram a TROPA DE CHOQUE
    Mas não me importei com isso
    Porque “deliberadamente” to fora

    Agora estão me levando
    Mas já é tarde
    Como enxergo somente meu umbiguinho de merda
    Ninguém se importa comigo

  7. Juraci Baena Garcia

    QUE DEMOCRACIA QUE NADA COMPANHEIRO!

    A greve de 2012 na Unifesp Pimentas-Guarulhos já é vitoriosa. Em apenas 50 dias contribuiu para “aflorar” que relações sociais foram construídas em nossa sociedade, tanto na classe próxima da miséria quanto na chamada “pequena-burguesia”. Parte desta geração é fruto das relações sociais “pós-ditadura militar”. Certamente deve existir “belíssimos trabalhos” acadêmicos sobre o assunto, como sempre, engavetados.

    Tem duas ou três ditadinhos populares, construídos nas lutas da vida e que incomodam muita gente hipócrita. Umas por serem “prático-utilitárias”, outras por posição de classe e outras não entendem mesmo vamos lá:

    i) “se constrói uma caminhada caminhando”

    ii) “o barato é louco e o processo é lento”

    ii) “estudante não f… estudante; estudante se junta com estudante para f… que está f… os estudantes” (*) adaptado na greve.

    Voltando ao Campus Guarulhos: é um verdadeiro picadeiro de aberrações e violências de todos os tipos e de todos os lados: machismo, preconceito, fundamentalismo religioso, desvios pequeno-burgueses, oportunismo, carreirismo, ódio de toda espécie, espião (policial e civil), capas pretas e pequenos tribunais revolucionários, academicistas-escolásticos, pequenos ditadores, fascismo, incompetência da burocracia – tem mais, mas o espaço é pequeno.

    Este negócio de caracterizações pós-ocorrido é outra coisa séria. Surgem de tudo que é lado as famosas manobras e disputas pela VTÓRIA QUE SE APONTA NO HORIZONTE e vamos ter de entender o que está em JOGO nesta nova fase do movimento!

    Desde nossa tenra infância podemos observar o real “ser humano”. A nenenzada nos primeiros movimentos à liberdade é cruel que só. Ainda não está “formada” pelas amarras e pactos sociais, seja na família, na escola, enfim, da sociedade.

    Com isto, não tem “mole”: se utilizam de todas as “armas” ao alcance na luta e preservação dos primeiros interesses contra que estiver por perto: chora, enfia o dedo no olho, puxa o cabelo, enfia o dentinho de leite na bochecha ou qualquer parte do corpo do próximo e vai por aí.

    Na UNIFESP PIMENTAS não é diferente. Claro, não vamos absolutizar, seria um erro.

    A CRISE instaurada desde 2007 parece duas placas tectônicas se chocando, seguido de um verdadeiro tsunami. E podem crer, estou sendo um pouco ameno ao escrever estas linhas.

    Que se dispôs a fazer uma leitura detalhada, antes que alguém “higienize” o Blog da Greve, está vendo uma pequena amostra. Quer conhecer mesmo, entra na “muvuca” e vai ver o que é bom pra tosse. Claro, com as denuncias e a “escancaração dos podres” ao escrito e a cores nos blogs e facebook já tem “gente” se posicionando com mais cuidado (não quer dizer que está eliminado) e adquiriu um “tapete” um pouco maior para jogar a sujeira novamente pra baixo, basta ler alguns “MANIFESTOS DE CARÁTER MORALISTA” que estão sendo produzidos.

    Estes MANIFESTOS são resultados de pequenos grupos pequeno-burgueses, alguns mais à “esquerda” e outros mais a “direitas”, ambos puxando a orelha dos setores mais radicais e ligados a eles, tal sujeira tirada dos tais tapetes. Pegou mal!

    Agora, na mesma prática de antecipar o que vem pela frente, vamos a DENUNCIA: na CALADA DOS CORREDORES, ALGUNS DESTES SETORES BEM ORGANIZADOS E ORIENTADOS (TEM DOCENTES) ESTÃO PREPARANDO A FAMOSA “PIZZA” BRASILEIRA. O quadro favorece: 50 dias de greve, diversas divisões internas, sindicâncias em andamento e, muita, mas muita grana por trás.
    Agora, vamos ao ponto mais alto desta análise, que viver verá: TODOS ESTES SETORES SE ARTICULANDO OU NÃO, TEM UM PONTO EM COMUM PARA JOGAR NA FOGUEIRA DA INQUISIÇÃO: 48 ESTUDANTES PROCESSADOS PELA MPF e a tal “SINDICÂNCIA” estrategicamente organizada pela DIRETORIA ACADEMICA e PARTE DA CONGREGAÇÃO.

    Ontem na FALECIDA REUNIÃO DA CONGREGAÇÃO, articulada de caso pensado, uma vez que não ENVIOU A CONVOCAÇÃO PARA OS ESTUDANTES ELEITOS, portanto, ILEGAL, abriu-se um pequeno debate deixando clara a posição de ALGUNS DOCENTES QUE FAZEM PARTE DA CONGREGAÇÃO: os excessos devem ser apurados!

    Excessos?

    Claro, qualquer cidadão de médio “bom senso” e conhecedor da PRECARIZAÇÃO DO CAMPUS PIMENTAS vai pensar que os motivos são devidos aos ERROS COMETIDOS EM PROCESSAR 48 ESTUDANTES E ACUSAR OUTROS TANTOS DE QUEIMAR LIXO PÚBLICO; MÁ QUALIDADE DO ENSINO; PRECARIZAÇÃO AMPLA GERAL E IRRESTRITA, FACTÓIDES e vai por aí.

    Ledo engano!

    A META SÃO ESTUDANTES QUE NÃO ACEITARAM, TANTO NO CAMPO MATERIAL quanto na ESTRUTURA DE PODER instalada na UNIFESP em geral e, particularmente no Campus Guarulhos, denunciando sistematicamente os principais “agentes” provocadores desta situação que envolve a DIRETORIA ACADÊMICA, PARTE DA CONGREGAÇÃO, PARTE DO CONSU E DA REITORIA e vai por aí.

    O método é velho e conhecido: DESMOBILIZAR PARA ELIMINAR ALGUNS CONSIDERADOS “INSANOS” E OS DEMAIS QUE NÃO “CAPTULAREM” a exemplo das lutas de 2007 e 2008.

    Podre estrutura material – podre estrutura “humana desumanizada” e tudo isto no mesmo local vira o previsto: UM BARRIL DE PÓLVORA!

    Quem vestir a carapuça que se manifeste ou ainda, vá EMBORA DOS PIMENTAS – tudo indica – TEU LUGAR NÃO É AQUI (universidade que mais de 50% vem das chamadas classes C e D). Pensando melhor, vá pra outro Planeta de preferência desabitado!

    1. Alpha

      “Quem vestir a carapuça que se manifeste ou ainda, vá EMBORA DOS PIMENTAS – tudo indica – TEU LUGAR NÃO É AQUI (universidade que mais de 50% vem das chamadas classes C e D). Pensando melhor, vá pra outro Planeta de preferência
      desabitado!”

      Assino embaixo desse trecho que vossa senhoria escreveu rs

  8. Beta

    Então quando um testemunha de jeová vem bater na minha porta eu sou obrigado a escutá-lo?? Não tenho mais saco para ouvir sempre as mesmas falas, quase sempre as mesmas pessoas dizendo frases de efeito, intimidando os contra a greve, gritando palavras de ordem. Tenho mais o que fazer, por isso não vou nas assembleias. Quem tem saco pra tanto blá blá blá? Sempre dizendo as mesmas coisas. Taí o exemplo do juraci que não me deixa mentir… Se fosse apenas para votar eu compareceria. Não me sinto menos cidadão por não querer ouvir discursos panfletários.

  9. Estudante

    Além de parecer um ataque direto ao Coletivo Contraponto, existe um erro gravíssimo nessa carta: Quem esta assinando-a?
    Na carta do Coletivo Contraponto eles assinaram os seus respectivos nomes. Senão, fica parecendo ataque “gratuito”.

    1. Alpha

      O que comprova que a intenção é desqualificar toda iniciativa que não se simpatize ao pregado por esse “comando”. Lamentável é saber que há gente defendendo tal prática, segundo eles: “quando é o outro, trata-se afronta ou revanchismo, mas quando somos nós, é luta”

  10. Bruno

    Somente mais bla bla bla pra tentar redimir ações estupidas, motivações suspeitas e a falta de rumo desta greve.

  11. spirituarise

    quarta-feira, 24 de novembro de 2010

    Forças Armadas: acordem !

    Cadê as Forças Armadas ? A constituição está sendo continuamente desrespeitada por Lula e seus quadrilheiros; o governo flerta acintosamente com os piores ditadores do planeta; formata-se às claras, um regime comuno-sindicalísta, com ameaças nada veladas à liberdade de expressão; mensaleiros são absolvidos por juizes venais; o MST, promove a invasão de propriedades privadas, e o que vemos, estarrecidos, é o absoluto silêncio dos militares, que têm por dever a preservação das instituições democráticas!

    Lembro-me, criança, minha mãe levava-me, orgulhosa, para assistir a Parada de Sete de Setembro. Todo ano. Eu, de fardinha branca, de mãos dadas com minha mãe, assistindo o desfile dos bravos soldados.

    Mais tarde, já rapazinho, votando no Marechal Lott, homem digno, espada de ouro, que perdeu as eleições para Janio Quadros, acabando por levar o país à convulsão com a deposição do vice, João Goulart.

    Os motivos alegados para a deposição de Jango, multiplicam-se, hoje, acrescentados pelo banditísmo do PT, que não hesita em quebrar todas as regras pela permanência no poder.

    O povo, comprado em sua cidadania, apático, vota em troca de bolsas-anestesias, acreditando que “participa” da sociedade, aumentando a inadimplência, em prestações intermináveis, o que levará o país a uma crise semelhante à das hipotecas nos EUA.

    Espero, sinceramente, que nossas Forças Armadas, intervenham, colocando alguma ordem no caos que, rapidamente, instala-se no Brasil!

    Postado por Carlos Vereza às 06:05

    http://carlosverezablog.blogspot.com/2010/11/forcas-armadas-acordem.ht ml

  12. Adriano Oliveira

    Diante disso tudo, lanço o seguinte fato para reflexão:

    Como pessoas antenadas com a realidade que nós, estudantes de humanas, somos, vocês já devem estar sabendo que no mês que vêm será publicado edital para um concurso de professores da prefeitura de São Paulo, no qual serão oferecidas um bom número de vagas. E que, uma vez que o índice de candidatos aprovados no último concurso para professores do Estado que estão realmente em exercício no cargo é muito baixo em relação ao número de vagas que se ofereceram, a SEE pretende para breve promover um novo concurso para o ingresso na carreira docente.

    Pois bem, considerando o fato de que a minha formatura (e a de vários colegas), que deveria se dar no fim deste ano, possivelmente será adiada em um semestre devido aos últimos acontecimentos em nosso campus, e considerando ainda que não recebemos ajuda financeira de quem quer que seja para nos manter na universidade e para nos suster (e por isso muitas vezes temos que nos submeter a um emprego bunda pra poder arcar com tais despesas), será justo que por causa, talvez, da vaidade pessoal de alguns colegas, percamos uma oportunidade que estamos aguardando tão ansiosamente, para a qual estamos nos preparando há anos e é, em suma, a razão pela qual entramos numa universidade (vale lembrar que, caso sejamos aprovados em todas as etapas destes concursos, só poderemos assumir as nossas vagas se tivermos na mão o diploma da licenciatura)???

    O que pretendo com isso não é desqualificar aqueles que acreditam na luta por uma universidade melhor (uma vez que ela definitivamente está muito, mas muito longe de ser o paraíso que nos prometeram), nem lançar uma ofensa a quem quer que seja; mas sim a partir deste fato que citei (e que, certamente, deve ser um dilema que não é exclusivo a mim) lançar uma reflexão sobre os rumos do movimento que julga ser o representante de nós, os alunos (que, se já provou sobejamente não ser santo, não é o dragão da maldade a ser combatido pelo santo guerreiro)… E aí, o que os colegas acham???

    1. Alpha

      Muitos que são a favor de manter essa paralisação a qualquer preço sempre pregaram que o “coletivo” sobrepõe-se ao individual, agora quero ver como vão responder a essa questão que você levantou.

    2. Frida Kahlo

      Adriano,

      Segundo a visão de mundo egocêntrica dessas pessoas, esses objetivos que sao os meus e o da maioria das pessoas no campus sao muito medíocres…

  13. Jess Lice

    Eu até tenho algumas críticas ao texto, mas de forma geral achei bom.
    Acho que nesse momento é o que precisamos e particularmente não o vejo como uma afronta a nenhum coletivo, mas sim como um pedido para que as pessoas repensem melhor suas posições.

    Acho válido e concordo com quase tudo colocado!

  14. Carolina

    Quando os argumentos acabam, o desespero aparece e os rumos se perdem, só resta mesmo esse tipo de carta, que demonstra o seguinte: nós aprendemos a lição e estamos de braços abertos. Infelizmente, a filosofia da práxis não funciona dessa forma, pois a práxis difere da teoria nesse quesito e os demais já se encontram afastados desse modelo imposto e cada vez mais se rebelam contra essa tirania disfarçada. Não sou do contraponto mas simpatizo com eles e acredito que para vocês tomarem esse tipo de atitude é porque certamente sabem o quão organizados eles estão e tremeram na base na última assembleia.

  15. Gabriela

    Entendo que a carta se refere ao contraponto. Bem, enquanto signatária percebo que minha forma de lutar difere da sua, mas isso não significa que eu não esteja lutando por uma Universidade melhor pelos meios o quais julgo mais eficientes.

  16. Arthur Santarem

    E assim o maligno gigante (que nao mais de 2 metros possuia mais com 15 se considerava) treme ante uma crianca bem intensionada… um abraco para aqueles que entenderam a metafora… ler esse apelo por de “por favor nao nos confrontem… fez eu ganhar o meu dia.

    1. Alpha

      pois é, amigo discente.. é o pseudo-movimento ofegante por tantos olhares de reprovaçāo. Alguém poderia criar um Prêmio Práxis ou então um Troféu Capivara homenageando os destaques no engajamento sócio-educacional, categoria Ensino Superior.