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Caro Alfa

É difícil não ficar indignado diante de escritos que denotam traços de uma fina ausência de consciência política. Quem é você, misterioso Alfa? Militar, policial ou qualquer coisa desse tipo? Talvez uma pessoa comum, um filho de trabalhadores que prosperaram, e agora sofrem de desvio pequeno burguês? Ah, mas eu já ia me esquecendo; deverá ser mais um cristão do tipo que vai a igreja com o propósito claro de esconder a própria podridão ou mesmo aquele tipo de cristão que segue a igreja pelo simples fato de estar acostumado a não ter perspectiva de nada; sofre com o sentimento de rebanho; é escravo da própria falta de atitude; se esconde atrás da moral do fraco, do sofredor e do perseguido.

Filosofando sobre seu pobre texto, quase morremos de rir. A vida é filosofia, pena que a sua é da pior qualidade; o fato de você quase nos matar com seu humor ignorante, nos levou a querer processá-lo, mas quem iríamos processar? Você é apenas um bit dentro de um computador, você não tem rosto e muito menos vida. Chegamos a te dar o diagnóstico de complexo de Narciso ao contrário; você tem vergonha de aparecer, não sei por que, mas no seu mentiroso texto, você escreve que é colega de todos.

Achamos que você tem de voltar para o psicólogo ou trocar de especialidade; procure um psiquiatra, se você quiser, conhecemos alguns bons (cheios de amostras grátis). Por enquanto te mando um aforismo do Nietzsche, acho que ele foi feito para você. ”Quem apenas lê pode ser um bom orador, quem vive é pensador”, venha viver conosco, mas antes aprenda a pensar…

Apareça Alfa! Que o poder de sua mente seja a sua fortaleza, ó fraco…

“Fruto do mundo, somos os homens.
Pequenos girassóis os que mostram a cara
E enorme as montanhas que não dizem nada.”
Raul Seixas.

Quem é você Alpha?

Atenciosamente, sem mais para o momento,
Nós somos;
Cleo, Márcio, Reginaldo – História, Filosofia e Filosofia, respectivamente…

Carta de mãe de estudante da UNIFESP Guarulhos

Não sou ativista política, não faço parte de nenhum movimento estudantil, não sou candidata a nada, não tenho partido, não sou rica, não sou famosa. Sou simplesmente uma cidadã brasileira, que trabalha pelo sustento de sua família, que paga seus impostos e que quer como tantas outras mães de família ver este lugar tornar-se mais justo e mais humano para todos, e para isso, só pode contar com o surgimento de seres conscientes, que tenham clareza de pensamento, que lutem pela justiça, que sejam capazes de assumir posições avessas ao servilismo partidário, à corrupção cada vez mais escandalosa e aos interesses escusos de uma minoria amparada pela exploração da maioria, pelo poder e pelo dinheiro. Tenho uma família bem estruturada e quatro filhos, foram bem criados e bem formados com muita luta e sacrifício. Sempre desejei para eles um futuro melhor, e orientei-os para que não se acomodassem, que se tornassem construtores desse futuro, trabalhando com aqueles que ainda são excluídos por uma sociedade injusta e desigual. Felizmente eles conseguiram estudar nas melhores universidades deste País , inclusive na Unifesp e é por isso que como mãe de aluno da Unifesp Guarulhos, e cidadã brasileira quero ser ouvida, tenho o direito de ser ouvida pelos responsáveis pela Unifesp, pelo Ministério da Educação, pelo Ministério Público, pela Sra. Presidente Dilma Roussef e por todos que têm alguma esperança no Brasil e ainda acreditam em Democracia. Das Universidades é que saem os pensadores deste País, em especial daquelas que ensinam Ciências Humanas. É lá, que suponho eu, os jovens aprenderão a questionar, a desenvolver seu pensamento, a argumentar e formar opiniões, a discernir caminhos, a avaliar com olhar crítico a sociedade em que vivem para a partir daí, assumir responsabilidades com seu semelhantes, com o futuro e, principalmente, com o agora. É nas Universidades, que nossos jovens aprendem a assumir a sua cidadania e exercitar seu direito de reivindicar melhores condições de vida para si e para os que virão depois. É nas Universidades que se produz ciência, tecnologia, pesquisa, extensão. O futuro de todos nós também depende muito das cabeças que entram, estão e sairão das Universidades. E de repente me vejo diante de uma Universidade, onde o questionamento, a reivindicação, o direito a palavra, e a greve, é hostilizado, é criminalizado. Onde jovens são vistos como bandidos e arruaceiros porque reivindicam moradia, salas de aula e transporte e melhores condições de Educação, através de uma greve; onde outros jovens são instigados a usar a Internet para ofender, desmoralizar e caluniar seus colegas porque pensam diferente; onde a tropa de choque os espera numa passeata pacífica para entregar uma carta ao seu reitor (Se a Universidade tem tanto medo deles que precisa da tropa de choque é porque nunca procurou uma aproximação através do diálogo, de ouvir seus alunos e levar em conta o que eles têm a dizer). Eu penso que o reitor de uma Universidade deveria ser o reitor de todos, e o primeiro a perceber as necessidades de seus alunos em cada Campus da Universidade, com suas características e peculiaridades, e se orgulhar de poder formar pessoas que farão diferença no mundo. As faculdades da área de humanas tendem a reunir pessoas mais questionadoras, pensadoras, críticas que qualquer outra, talvez por isso seja difícil compreendê-las. É certo que é mais fácil lidar com gente alienada, que não se envolve com os problemas do meio em que vive, que nunca se julga responsável por nada, que comodamente prefere que nada mude, para não ter que se mexer e tomar posições. É fácil calar a boca dos jovens com cassetetes, com perseguição na vida escolar, com insinuações mal intencionadas, com ofensas pessoais… Mas é certo também, que como educador é muito mais gratificante ensinar e aprender com esses jovens que estão verdadeiramente vivos, esbanjando capacidade e energia e sequiosos por melhorar as coisas. Talvez, ouvi-los tornaria a Universidade além de um laboratório descobridor de talentos, um lugar impulsionador de socialização e soluções para este País. Talvez ouvi-los traria luz sobre tantos brasileiros esquecidos. Talvez ouvi-los faria a Educação no Brasil, ressuscitar. Quando a Universidade se fecha ao diálogo com eles, criminalizando-os , repito, massacrando seus ideais, sufocando-os pelo medo, como quando fechou os portões deixando-os trancados dentro do Campus, quando os professores se vitimizam para culpabilizar os estudantes em greve e chegam até a agressão, quando a polícia tranca nossos filhos dentro das salas e quebra tudo pra dizer que foram eles, quando a polícia bate, quando a tropa de choque aterroriza, quando mães defendem seus filhos sem dizer o nome deles porque temem que sofram represálias,quando a Universidade se vale desses expedientes para lidar com uma greve de estudantes, mesmo que essa greve tenha, por falta de resposta, radicalizando e extrapolando para uma ocupação de diretoria ou reitoria, tenho a nítida lembrança de tempos não tão antigos, de tempos de silêncio, de tempos de Ditadura… A luta pelo poder ainda hoje revive de maneira velada esses tempos terríveis…

É por isso que quero ser ouvida pelo MEC, e pela Sra. Presidente Dilma Roussef, que conheceu bem esse período obscuro da nossa História, e que apoiou a instauração da Comissão da Verdade, para que dêem atenção ao que está se passando na UNIFESP. Que esses estudantes sejam ouvidos como cidadãos deste país, que não se ouça apenas “autoridades”e não se veja a escola como um jogo de interesses ou uma simples questão econômica e política e a greve como uma questão policial. Que uma greve de estudantes seja uma porta aberta para o processo educacional e conduzida como projeto transformador da sociedade, oportunidade única de uma riquíssima troca de idéias e partilha de ideais. Mas para isso se faz necessário que a Universidade abra mão de interesses pessoais, privados e revanchismos e dedique profundo esforço, interesse, experiência, e paciência para ser inovadora e transformadora , porque acreditar na Educação, na Paz e nos Jovens exige muito mais que algumas horas aula, exige trabalho árduo e verdadeira compreensão do ser humano. Talvez o que eu esteja dizendo não seja prático, fácil ou imediatista, mas é possível, se encontrar eco no coração e na mente de pessoas realmente comprometidas com a Educação e a Vida, através do combate à alienação e defesa da teoria-prática. A Universidade reconhece seu papel transformador da sociedade? Precisamos de cidadãos pensantes, que respeitem e sejam respeitados, que saibam falar e ouvir, que vejam os impostos pagos serem revertidos em benefícios para a população. Se a Universidade calar seus jovens agora, quem irá falar por ela no futuro? Se a Universidade expulsar e criminalizar seus jovens agora, porque eles lutam e se posicionam, mesmo que contra os interesses dela, quem vai pagar o preço de um país sem expressão no futuro? Se a Universidade não dialogar com seus jovens hoje, quem irá ouvir nosso povo e falar por ele no futuro? Sr. Reitor, Srs. Professores, autoridades, quando há uma crise familiar, quem tem a obrigação de buscar soluções são os pais e é através do diálogo, compreensão e empatia que isso se dá, pois espera-se que experiência e vivência, eles tenham mais que seus filhos. Na situação dos senhores, dá-se o mesmo. Sua escolha profissional como educadores, sua experiência de vida os faz responsáveis pelo bem de seus alunos, mesmo que pensem diferentemente dos senhores. Hostilidade, indiferença, violência, disputa e opressão não fazem parte do currículo de um bom educador. Esse País , esse povo luta e anseia por novas possibilidades para sua vida. Quem está formando essas pessoas são os senhores. Não as matem no nascedouro, com elas iriam enterrar nossas esperanças.

Maria

Mulher do povo, Mãe de brasileiros

Carta de mãe de aluna da Unifesp Guarulhos

O Movimento Estudantil da Unifesp tem buscado integrar diversos segmentos da universidade e sociedade em suas discussões sobre Educação Pública, Gratuita, de Qualidade e Popular.  Desde o início da greve, em 22 de março de 2012, vias de diálogo e articulação entre docentes, discentes e demais funcionários tem sido constantemente buscadas para que confluam em ações que possibilitem a melhoria de nosso campus.

Além dos debates sobre a falta de estrutura vivida pelo campus, o movimento tem realizado diversas atividades e discussões que pautam a melhoria da educação pública, o machismo, a homofobia, repressão, estrutura de poder na universidade e temas de interesse social, com palestras, aulas públicas, oficinas, exibição de filmes, grupos de discussão, atos, contando com a presença de professores da rede municipal e estadual, secundaristas, universitários de demais instituições de ensino, pais e mães de alunos e alunas, sindicalistas, associações docentes, movimentos populares, ativistas urbanos, moradores de bairros nas proximidades do campus Pimentas e população em geral.

Ontem, na audiência pública na Alesp, que teve como convidados o Ministério da Educação e Reitoria, à qual nenhum representante foi enviado, recebemos a manifestação da Sra. Luiza, mãe de uma aluna da Unifesp, campus Pimentas, que prestou seu depoimento ao público presente e leu uma carta, que segue abaixo na íntegra.

Assim sendo, convidamos demais pais e mães de alunos e alunas a também participarem das atividades e discussões de uma luta que é de todos, a luta pela Educação Pública, Gratuita, de Qualidade e Popular.

Clique para abrir: Carta de mãe de aluna da Unifesp Guarulhos

Carta à sociedade Brasileira – Andes

À SOCIEDADE BRASILEIRA

Por que os(as) professores(as) das instituições federais estão em greve?

A defesa do ensino público, gratuito e de qualidade é parte essencial da história do Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), assim como a exigência da população brasileira, que clama por serviços públicos, com qualidade, que atendam às suas necessidades de saúde, educação, segurança, transporte, entre outros direitos sociais básicos.

Os(as) professores(as) federais estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os docentes têm na vida da população brasileira.

O governo vem usando seguidamente o discurso da crise financeira internacional como justificativa para cortes de verbas nas áreas sociais e para rejeitar todas as demandas feitas pelos servidores públicos federais por melhores condições de trabalho, remuneração e, consequentemente, qualidade no serviço público.

A situação provocada pela priorização de investimentos do Estado no setor empresarial e financeiro causa impacto no serviço público, afetando diretamente a população que dele se beneficia.

Os professores federais estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os docentes federais tem na vida da população brasileira.

Pela reestruturação da carreira.

Há anos os(as) professores(as) vêm lutando pela reestruturação do Plano de Carreira da categoria, por acreditarem que essa reivindicação valoriza a atividade docente e, dessa forma, motiva a entrada e permanência dos profissionais nas instituições federais de ensino. No ano passado, o ANDES-SN assinou um acordo emergencial com o governo, que previa, como um dos principais pontos, a reestruturação da carreira até 31 de março de 2012. Já estamos na segunda quinzena de maio e nada aconteceu em relação a essa reestruturação.

Para reestruturação da carreira atual, desatualizada e desvirtuada conceitualmente pelos sucessivos governos, o ANDES-SN propõe uma carreira com 13 níveis, variação remuneratória de 5% entre níveis, a partir do piso para regime de trabalho de 20 horas, correspondente ao salário mínimo do DIEESE (atualmente calculado em R$2.329,35) A valorização dos diferentes regimes de trabalho e da titulação devem ser parte integrante de salários e não dispersos em forma de gratificações.

Pela melhoria das condições de trabalho nas Instituições Federais.

O começo do ano de 2012 evidenciou a precariedade de várias instituições. Diversos cursos em Instituições Federais de Ensino – IFE tiveram seu início suspenso ou atrasado devido à precariedade das Instituições.

O quadro é muito diferente do que o governo noticia. Existem instituições sem professores, sem laboratórios, sem salas de aula, sem refeitórios ou restaurantes universitários, até sem bebedouros e papel higiênico, afetando diretamente a qualidade do ensino.

Ninguém deveria ser submetido a trabalhar, a ensinar ou a aprender num ambiente assim. Sofrem professores, estudantes e técnicos administrativos das Instituições Federais de Ensino. E num olhar mais amplo, sofre todo o povo brasileiro, que utilizará dos serviços de profissionais formados em situações precárias e que, se ainda não têm, pode vir a ter seus filhos estudando nessas condições.

Por isso convidamos todos a se juntarem à nossa luta. Essa batalha não é só dos(as) professores(as), mas de todos aqueles que desejam um país digno e uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Para saber mais sobre a greve e as negociações com o governo acesse : www.andes.org.br


A Educação pública, gratuita e de qualidade é um direito de todos.


(Divulgado pelo Comando Nacional de Greve)

Moção de Apoio à Greve dos Professores da UNIFESP

Desde o começo de sua expansão a Universidade Federal de São Paulo vem enfrentando uma série de problemas estruturais graves que comprometem a qualidade do ensino na instituição.É sabido da falta de moradia estudantil, bolsas e auxílios de valor que supra as necessidades dos discentes, restaurantes universitários com planejamento e manutenção adequadas, completa ausência de creches para alunos, professores e funcionários, falta de salas de aula,laboratórios de pesquisa, bibliotecas com espaço suficiente para comportar os acervos, linhas de ônibus, metro ou trem que facilitem o acesso a determinados Campi etc. Ainda assim, os docentes tem, através de sua excelente formação acadêmica tentado manter o nível da instituição entre as melhores do País.

Essa tarefa, já dificultada pelas condições materiais e objetivas, se torna ainda mais penosa frente aos ataques do Governo, ataques estes que não se destinam apenas à categoria dos professores, mas aos movimentos sociais e sindicais como um todo. Trata-se de uma tentativa sistemática de negar os direitos da população em geral. Muitos professores que já tem condições de trabalho insalubres correm o risco de ter seus salários ainda mais reduzidos. Acerca disso, o acordo emergencial que foi firmado à cerca do Plano de Reestruturação de Carreira foi descumprido pelo Governo, num sinal claro de que, apesar do MEC sentar à mesa de negociações, só cumpre aquilo que lhe convém. É uma negociação onde as mais importantes decisões já estão tomadas.

Nesse sentido, por consideramos a luta de nossos professores legítima, fazemos desta moção um chamado para que todos os demais docentes da UNIFESP e de outras Universidades Federais sigam seu exemplo.

Pela valorização dos profissionais da educação !

Educação não é mercadoria !

Todo o apoio aos que lutam !

Comando de greve 2012 – Estudantes da Unifesp Campus Guarulhos

GREVE DOS ESTUDANTES DO CAMPUS DIADEMA – carta do Comitê de greve

O O Artigo 206 da Constituição Federal coloca que um dos princípios pelos quais o ensino será ministrado é o da garantia do padrão de qualidade (parágrafo VII).

Por reconhecer que a educação que nos é oferecida, atualmente, pela UNIFESP, não pode ser considerada de qualidade devido aos problemas de infraestrutura (prédios, restaurante universitário e biblioteca), deflagramos greve dos estudantes no dia 18 de maio de 2012 às 15 horas e 50 minutos, com o quórum de 282 pessoas, em assembleia geral. Além de apoiar as reivindicações dos docentes, nós, discentes do campus Diadema da Universidade Federal de São Paulo, temos nossas próprias reivindicações que estarão descritas na carta de propostas votada na próxima assembleia geral dos estudantes.

Baseada nas reivindicações da carta em anexo e nos eventos ocorridos na manhã de 18 de maio de 2012, quando deveria acontecer a inauguração oficial da unidade Jose Alencar, a greve foi aprovada pelo quorum mínimo.

O comitê de greve é composto por no mínimo um aluno de cada Centro Acadêmico da UNIFESP Diadema e demais alunos colaboradores.

Seus coordenadores de curso serão avisados da greve. Assim que for protocolado o documento oficial, avisaremos a todos através desse mesmo meio de comunicação.

Serão realizadas assembleias frequentes onde todos os alunos terão o direito de expor sua opinião e onde serão votadas as deliberações oficiais da greve.

Atenciosamente,
Comitê de Greve

Anexo: CARTA DAS REIVINDICAÇÕES DISCENTE – UNIFESP DIADEMA

GREVE GERAL 2012 – CAMPUS UNIFESP PIMENTAS GUARULHOS

GREVE GERAL 2012 – CAMPUS UNIFESP PIMENTAS GUARULHOS

Assim como a luta dos estudantes no Campus Unifesp Guarulhos, diversas categorias estão se organizando no país inteiro, sejam por salários, condições de trabalho ou ainda pela educação pública, gratuita, universal e de boa qualidade. Tudo isto pode ser constatado com uma rápida pesquisa na internet ou nos grandes veículos de comunicações.

O blog “Greve Unifesp 2012” traz todas as informações sobre os mais de 50 dias de greve em Guarulhos. Contem todas as contradições que envolvem os estudantes, docentes e técnicos, vítimas da precarizacão do Campus Guarulhos.

Na verdade tudo isto é resultado do Projeto Reuni que deve ser debatido e compreendido na sua totalidade, tanto do ponto de vista da sua origem e fim ate as consequências de uma expansão sem a necessária estrutura.

A ANDES – SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR recentemente convocou todas as entidades dos docentes que atuam nas universidades federais a exemplo da ADUNIFESP.

A ADUNIFESP convocou assembleia geral dos docentes em sua sede e, em Guarulhos, os docentes também estão se organizando para discutir os rumos desta convocatória, discutindo entre outros, a questão salarial, de carreira e condições de trabalho.

Os estudantes desde 22 de marco de 2012 após a aprovação da greve, realizaram numerosas atividades no Campus Guarulhos, na região dos Pimentas, em São Paulo e na sede da Unifesp, próxima ao Ibirapuera.

O momento e de unidade. Todos os sujeitos ou organizações que estão lutando no Campus Guarulhos devem aprofundar as questões organizativas, sem no entanto, deixar de construir uma frente que de uma linha política ao movimento, para alem dos grupos que surgem, originariamente contrários a greve.

O momento político e propenso para a constituição de uma ampla frente, construída a partir daqueles estudantes responsáveis pela autentica luta por melhorias gerais, espalhados nas diversas comissões que compõe o COMANDO DE GREVE.

Temos clareza de quais pessoas ou setores que são contrários a esta luta e, principalmente a burocracia que de forma desesperada, cometendo erros e mais erros, tentam a todo custo terminar com a greve, inclusive criando factoides com a clara intenção de provocar o movimento grevista, ameaçando individualmente os estudantes com aprovações na CONGREGACAO DE SINDICANCIAS, chamamento de policia no Campus, entre outros.

Neste sentido, dentro da luta interna do Campus, podemos dividir nossa pauta em 3 EIXOS CENTRAIS:

1. ANISTIA E LUTA CONTRA A REPRESSAO E CRIMINALIZACAO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL
2. PARIDADE NA CONGREGACAO E DEMAIS ORGAOS REPRESENTATIVOS DO CAMPUS GUARULHOS, INCLUSIVE NO CONSU.
3. INFRAESTRUTURA

Quanto a COMISSAO DE NEGOCIACAO, esta deve ser eleita em ASSEMBLEIA GERAL, permitindo que todos os setores envolvidos na luta participem com suas representações, tais como: ESTUDANTES PROCESSADOS, ESTUDANTES QUE OCUPARAM A DIRETORIA, ESTUDANTES DA COMISSAO DE DIALOGO E ESTUDANTES REPRESENTANTES NA CONGREGACAO.

Quanto aos demais grupos organizados contra a GREVE, tudo indica que ao negar este instrumento de LUTA – A GREVE, com certeza, mantendo sua coerência, não terão interesse em participar de qualquer negociação.

Também destacamos a importância da participação de diversos setores externo a UNIFESP Campus Guarulhos, sejam partidos, sindicatos ou movimentos sociais diversos, inclusive da região dos Pimentas.

O próximo evento será a MARCHA DAS VADIAS, dia 18 de maio, em resposta ao machismo e preconceito demonstrado no dia a dia da greve, principalmente no blog da greve e, na próxima segunda-feira, dia 21 de maio às 13 horas o evento Doe sangue por uma Universidade Publica de Qualidade e, às 19 horas, será realizada AUDIENCIA PUBLICA na ALESP.

FICA O CONVITE A TODOS OS PARTIDOS E ESTUDANTES QUE COMPOE ESTA FRENTE NA GREVE DA UNIFESP 2012

Fica o CONVITE a todas as FORÇAS PROGUESSITAS através dos seus filiados e dirigentes: participem da AUDIENCIA PUBLICA NA ALESP, dia 21.05.2012, 19 horas!

Aos partidos, sindicatos; centrais, movimentos sociais diversos e que defendem ações transformações e concretas na SOCIEDADE, junte-se aos seus MILITANTES, PARTICIPANTES OU NÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL (ordem alfabética): ANARQUISTAS; ADUNIFESP; LER; MNN; MST; PCB; PCdoB; PCO; POR; PSOL; PT; PSTU outros, a lista é imensa!

“COLETIVO FILOSOFIA DA PRÁXIS”
Guarulhos, 17 de maio de 2012.

Carta aberta aos estudantes – ou manifesto não importa o ponto

Diante dos últimos acontecimentos dentro do movimento estudantil e das diversas manifestações de grupos que surgem em apoio à greve, ocupação e até defendendo seu fim, nos sentimos na obrigação de nos manifestarmos também, nós, um coletivo de alunos que acredita que independente do ponto, o foco agora deve ser a luta.

Presenciamos algumas das ações do movimento, plenárias e assembleias e acreditamos que muito do quem sido dito na internet por parte do movimento anti-greve é distorcido em argumentos falsos e polêmicas desnecessárias. Porém não concordamos com algumas ações do comando de greve também, por isso gostaríamos de pontuar nossa posição política em relação ao que tem sido construído nos quase dois meses de greve:

Há muitas críticas a forma como o comando de greve tem se constituído e concordamos quando a questão do calendário é levantada, porque de fato, muita coisa é proposta, mas poucas são as atividades que ocorrem no campus durante a semana. Cobramos das comissões uma melhor organização das atividades e a garantia que elas ocorram, para que o movimento não se esvazie ainda mais e se perca esse importante momento de discussão política no campus. Acreditamos também que as plenárias muitas vezes são confusas e tem discussões que pouco acrescentam ao movimento. Diante disso pedimos que os estudantes que votaram a favor da greve se mobilizem para trabalhar nas comissões e construir o processo, mas também que haja mais clareza nas falas e colocações tanto em assembleia, quanto em plenária.

Quanto às assembleias gerais, acreditamos que não há neutralidade quando se está à frente de uma assembleia, mas defendemos a imparcialidade das ações individuais das pessoas que compõem a mesa. Neutralidade e imparcialidade são coisas distintas e acreditamos que é possível trabalhar dessa forma. Por isso acreditamos que as votações quando muito acirradas (como foi o caso da última votação para manter ou não a greve) devem ser contadas e a mesa dever ser mais responsável nessa decisão pela garantia da democracia no nosso movimento. No entanto também defendemos que haja a discussão política nas assembleias por meio da garantia das falas. Repudiamos, portanto as posições infantis de pessoas que se organizam simplesmente para comparecer e votar contra a greve e que não se propõe a participar do debate político.

Também defendemos que a plenária aberta deve ser mantida quanto espaço para debate de todos envolvidos no movimento e que ela não só pode como deve ter caráter deliberativo, afinal, muitas coisas acontecem todos os dias no campus e não dá para esperar uma assembleia para decidir o que fazer. No entanto manifestamos nossa posição contrária a ações que foram construídas pelos estudantes, mas que não passaram por aprovação do comando, como a própria construção do espaço Marighella. Não somos contra o espaço, mas acreditamos que isso deveria ter sido discutido no mínimo em plenária do comando, entre outras coisas que acabam acontecendo sem passar pelo comando. Apesar de pequenos impasses como esse, defendemos a legitimidade das comissões e do próprio comando que tem construído o movimento e avançado na luta. Inclusive defendemos que a ocupação que foi deliberada em plenária é sim legitima, por ter sido votada democraticamente em reunião aberta a todos estudantes e que independente das divisões que surgem após esse processo, a ocupação pode ser avaliada como uma pequena conquista, pois dela é fruto a audiência pública na ALESP e a reunião com a reitoria.

Aproveitamos para ressaltar frente aos últimos acontecimentos que em nossa visão é uma perda grande quando os estudantes começam a se dividir por discordâncias políticas, partidárias ou pessoais. As diferenças existem e temos que trabalhar com elas de forma a agregar e fazer o movimento ganhar força dentro do corpo de estudantes e não segregar. Quando determinadas frentes ou coletivos decidem“radicalizar” ou “confrontar” o movimento, quem perde SÃO TODOS OS ESTUDANTES, que desanimados e confusos com essas picuinhas estudantis, deixam de construir aquilo que importa nesse momento: A CONQUISTAS DE NOSSAS PAUTAS.

Por isso APESAR de defendermos a liberdade de organização desses coletivos e frentes dentro do movimento, COLOCAMOS a questão para reflexão de todos os estudantes que fazem parte desses grupos e frentes avaliarem se nesse momento tais atitudes tem sido efetivamente construtivas dentro da mobilização estudantil, ou se tem representado um desgaste para ambas as partes, culminando em ações violentas entre os estudantes.

Nisso pontuamos a questão dos piquetes e da violência que muito tem sido discutida nesse movimento. Em nossa visão os piquetes só existem porque os estudantes ainda não entenderam que uma assembleia de estudantes é soberana e que sua decisão deve ser respeitada independente de posições pessoais. Toda ação na tentativa de não respeitar essa decisão e entrar na aula representa, ao nosso ver, ou uma falta de entendimento político do caráter democrático de uma assembleia, ou uma atitude individualista de um corpo de alunos que não respeita o coletivo. Em ambas as situações defendemos que deve haver o dialogo e se necessário, ações diretas na tentativa de fazer valer a decisão da assembleia.

Entendemos que muita coisa tem sido distorcida na internet sobre os casos de “agressão aos professores”, mas também repudiamos algumas ações individuais de alguns estudantes do movimento que não respeitam a consciência política de cada individuo e partem para agressões verbais que julgamos desnecessárias. Inclusive, aproveitamos para expor que os ânimos exaltados entre os estudantes representam um ganho para a reitoria/diretoria acadêmica, pois ao invés de nos unirmos para fortalecer a luta, temos presenciado agressões, atrás de agressões que partem dos próprios estudantes.

Também entendemos que isso é fruto de um processo que partiu da própria direção da universidade quando decidiu instaurar processos de sindicância contra estudantes do movimento estudantil. Para nós é evidente que os estudantes se sentiram ameaçados e isso desencadeou uma sucessão de ações radicais do próprio movimento. Porém acreditamos que é a hora de “tomar um chá e esfriar a cabeça” para pensarmos coletivamente em ações efetivas que nos levem a conquista de nossas pautas.

Repudiamos também os comentários e manifestações agressivas, machistas e politicamente baixas que ocorrem no blog e nas redes sociais. Defendemos a conscientização de todos os estudantes através de constante debate, o respeito a livre expressão, desde que tais debates se deem por meio de argumentos sólidos e construtivos e não esse circo que encontramos na internet. Convidamos os estudantes que tem dúvidas a comparecer ao campus para esclarecer, conversar, participar e questionar as ações do movimento para que cada estudante possa formar uma opinião sólida sobre o que ocorre no campus ao invés de acreditar nos argumentos e fatos distorcidos que frequentemente surgem na rede.

Por fim, REPUDIAMOS ACIMA DE TUDO a má administração por parte da diretoria do campus, as decisões por parte da congregação em punir os alunos em sindicância, a inércia da reitoria e as perniciosas políticas públicas que mantém e agravam a situação de descaso com o ensino superior desse país.  Não podemos nos esquecer quem são os verdadeiros responsáveis por essa situação de caos entre os estudantes, nem do motivo pelo qual estamos em greve!

Assim, acreditamos que apesar dos erros do comando, há um grande esforço por parte de todos os envolvidos ativamente em manter a mobilização e avançar para conquista das pautas. Isso se mostra no avanço político das discussões no campus e até no blog, que inclusive é visto por nós como uma ferramenta muito boa para criar um movimento democrático e transparente. Nisso qualquer discordância pode e deve ser feita por forma de manifesto, protesto ou o que for, mas que é importante que haja uma iniciativa de construir. Defendemos então a união de todos os estudantes frente aos nossos verdadeiros inimigos: As políticas que atrasam o avanço da educação nesse país e a má administração que nos coloca nessa situação de caos acadêmico!

Porque não importa o ponto, importa a luta!

Coletivo de alunos que acreditam na luta

Manifesto CONTRAPONTO

Vemos se repetir ao passar dos anos na UNIFESP, um modelo de debate que propõe de forma exaustiva as seguintes indagações: “que universidade nós queremos?”, “que ideal de sociedade nós queremos”?”. Contudo, essencialmente nas últimas semanas do debate público que vem se intensificando na comunidade acadêmica, não é difícil perceber que tais questões jamais sairão do terreno vago das suposições se não respondermos a uma questão crucial que pontua todas as demais, nunca antes respondidas: “quais instrumentos dispomos nesse momento a fim de construir o movimento estudantil eficiente que queremos ver?”.

O modelo vigente de assembleias, comandos de greve e comissões coloca o estudante em uma situação limítrofe, onde aquele que opta por tornar pública a sua opinião, necessariamente tem de tornar pública a sua figura. Dessa forma, sua imagem fica exposta à avaliação rigorosa dos demais sob a pena – nada remota – de receber vaias e gritos de hostilidade. Assim, as assembleias revelam-se espaços de reprodução do senso comum, de rechace de opiniões adversas, de intolerância e de discursos autoritários e inflamados. Revela-se como espaços não da democracia, mas da aclamação da crítica vã e da retórica vazia, bem como espetáculos de hostilidade.

As assembleias, enquanto espaços de autogestão das atividades do corpo discente, devem ser lugares propícios ao diálogo, à tolerância e ao respeito. Todo e qualquer estudante deve ter sua fala assegurada e respeitada igualmente, independente de seus credos e filiações político-partidárias, religiosas, etc. Essa é uma condição sine qua non para que se garanta um movimento democrático, pois democracia sem pluralidade, sem diversidade, é uma ditadura da maioria sobre as minorias. É domínio faccioso sobre a variedade de opiniões dos estudantes do campi. Portando, declaramos aqui que não somos adeptos a esse modelo.

As discussões que temos realizado nos levam a concluir que esse modus operandi tão costumeiramente utilizado, e repetido por nosso movimento estudantil se mantém vigente primordialmente devido ao caráter ideológico atual, que surge com déficit de planejamento. A inexistência de entidades estudantis permanentes e de maior abrangência impossibilita, de um lado, a mobilização constante dos estudantes, e gera, de outro, o predomínio dos atuais grupos.
Como consequência, temos a grave dificuldade de organização e de diálogo e, especialmente, de negociação com os poderes instaurados na universidade (as tão citadas burocracia e hierarquias acadêmicas). Como exemplo dessas dificuldades tivemos a demora de cerca de 2 semanas para a elaboração de uma pauta de reinvindicações. O histórico mais recente evidencia ainda mais a problemática: após mais de um mês da instauração da greve atual é que finalmente se formou uma comissão de negociação.

Esse atraso nos avanços da greve é fruto também da inversão lógica que tem sido feita das mobilizações estudantis. O desenvolvimento do movimento deve passar por algumas etapas, necessárias para a maturação das ideias e reinvindicações: 1) discussão da pauta; 2)negociação da pauta; e, por fim, se houver a resposta negativa dos poderes estabelecidos, 3) debate aberto sobre a necessidade de utilização do recurso de paralisação. O método inverso que é adotado pelos representantes atuais apenas tem gerado desgastes e frustrações.

Como dito, acreditamos que isso seja resultado da ausência de entidades de representação estudantil que dê às mobilizações um caráter de constância.

Dessa forma, propomos:

1) que o movimento passe a se focar incansavelmente nas negociações, ao invés de agir de forma a enfatizar relações de força, que se revelam como formas improvisadas e autoritárias de comando.

2) que formem-se grupos que avaliem aprofundadamente as demandas da nossa pauta, de maneira a poder esclarecer aos estudantes a viabilidade das demandas, os processos judiciais que lhe cabem e que apontem os poderes com os quais devemos negociar quando as reinvindicações não estiverem na esfera universitária, de forma que nossa luta seja clara e objetiva;

3) que inicie-se o processo de construção de um Diretório Acadêmico, que organize as discussões relativas ao estatuto do DA e forme um calendário visando o processo eleitoral pelo modelo de chapas;

Por fim, repudiamos:
1 ) o uso de “piquetes excludentes”, ou seja, a intimidação aos alunos que não aderiram a greve, de forma que isso apenas lhes afasta ainda mais das movimentações estudantis;

2 ) a falta de respeito nas assembleias, declaramos repúdio total às vaias. Reafirmamos que o movimento estudantil é um espaço de pluralidade, variedade, tolerância e respeito, e que as vaias condizem com espaços de alienação e não de emancipação;

3) o fim do espírito de “queda de braço”.É necessário dialogar com docentes, funcionários, e também com os as instituições burucráticas. As opiniões amplamente difundidas de que os docentes são “apenas reacionários” impedem o crescimento qualitativo do movimento e culminaram, após uma série de tensões e em desententimentos entre o movimento estudantil e os docentes.

Assinam esse manifesto alunos do campus Guarulhos-Unifesp

Machismo não passará!

No dia 11 de maio, quinta-feira, dia da assembleia geral dos estudantes, nos deparamos infelizmente com casos de violência que dizem respeito a uma das maiores bárbaries que vivemos em nosso sistema. Viemos aqui, formalmente, repudiar esta ação, como mulheres, estudantes e ativistas feministas.

Vale lembrar que o machismo não está só nas violências explícitas, mas também da forma mais rasteira e sutil. Um exemplo é um homem levantar a voz para uma garota numa discussão. Sabemos que culturalmente as mulheres são educadas para serem silenciosas, falarem mansamente, enquanto os homens são os “valentes” que levantam a voz. Denunciamos, então, qualquer forma de exaltação que um homem faz para impor seu respeito em um debate com uma mulher.

Também podemos observar que quando uma mulher toma o comando da mesa da plenária, a mesma é “atacada” por homens querendo intervir na fala, tomar o microfone, enquanto quando um homem conduzia a mesa, o mesmo não acontecia. Por que será?

Enfim, denunciamos veemente as agressões físicas e verbais com as companheiras. Não admitimos de forma alguma a ação do rapaz que xingou a colega de “vagabunda” e logo em seguida iniciou um confronto físico. Vivemos em um país onde a cada 2 minutos, 5 mulheres são agredidas. Não podemos admitir que esse ato bárbaro também se dê no nosso movimento estudantil. É fato que existem divergências políticas, mas nada justifica a agressão física, os xingamentos pejorativos e a imposição machista nas ações. Aos que defendem o agressor, que fique claro: só existe opressão quando o oprimido assim se sente. E foi o que aconteceu!

No mais, também fazemos uma defesa e um alerta: que os grevistas não se utilizem da sua situação para agir de forma machista tanto como suas companheiras, tanto com os não-grevistas. Que as divergências políticas não se confundam com agressão e opressão.

Abrimos espaço aqui para que os agressores se retratem. E avisamos de uma vez por todas que as mulheres podem (e devem!) se organizar e a cada ato machista, iremos rechaçar e não haverá hesitação em um escracho público. Somos mulheres, queremos respeito e as opressões não serão aceitas em nossa universidade! Pelo fim do machismo, racismo e a homofobia! Nenhuma forma de opressão será tolerada!

‘Se cuida, se cuida seu machista. Que a universidade vai ser toda feminista!’