Professores de pelo menos 37 das 59 universidades federais aderiram à greve nacional organizada pelo Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior). O número total de instituições que participam da mobilização chega a 40, somando três institutos federais que também anunciaram a paralisação das atividades. Os dados foram divulgados pelo Andes-SN e por sindicatos de docentes das instituições.
Em algumas universidades a paralisação é parcial e atinge apenas alguns campi. Segundo o Andes-SN, a categoria luta pela reestruturação da carreira de docente e por melhores condições de trabalho.
A maioria das instituições iniciou a paralisação ontem (17). Os professores da UnB (Universidade de Brasília), da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), em Minas Gerais, e da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano) começam a greve a partir de segunda-feira (21). A UFF (Universidade Federal Fluminense) marcou o início da paralisação para terça-feira (22).
SAIBA QUAIS INSTITUIÇÕES ADERIRAM À GREVE
Norte |
Ufac (Universidade Federal do Acre) |
UFRR (Universidade Federal de Roraima) |
Unir (Universidade Federal de Rondônia) |
UFPA (Universidade Federal do Pará), campi Central e Marabá |
Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia) |
Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) |
Ufam (Universidade Federal do Amazonas) |
Unifap (Universidade Federal do Amapá) |
Nordeste |
UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) |
Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco) |
UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) |
UFPI (Universidade Federal do Piauí) |
Ufersa (Universidade Federal do Semi-Árido) |
UFPB (Universidade Federal da Paraíba) |
UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), campi central, Patos e Cajazeiras |
UFMA (Universidade Federal do Maranhão) |
Ufal (Universidade Federal de Alagoas) |
UFS (Universidade Federal de Sergipe) |
IFPI (Instituto Federal do Piauí) |
UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano) – a partir de 21/5 |
Centro-Oeste |
UnB (Universidade de Brasília) – a partir de 21/5 |
UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), campi Central e Rondonópolis |
Sudeste |
UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) – a partir de 21/5 |
Unifal (Universidade Federal de Alfenas) |
IF Sudeste de Minas (Instituto Federal do Sudeste de Minas) |
UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) |
UFU (Universidade Federal de Uberlândia) |
UFV (Universidade Federal de Viçosa) |
Ufla (Universidade Federal de Lavras) |
Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) |
UFSJ (Universidade Federal de São João del Rei) |
UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) |
Cefet-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) |
UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) |
UFF (Universidade Federal Fluminense) – a partir de 22/5 |
Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) |
Sul |
Unipampa (Universidade Federal do Pampa) – campi Itaqui, São Borja, Dom Pedrito |
UFPR (Universidade Federal do Paraná) |
UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) |
Furg (Universidade Federal do Rio Grande) |
- Fonte: Andes-SN e sindicatos
Algumas instituições votam nos próximos dias se aderem ou não ao movimento. Entre elas, estão a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a UFG (Universidade Federal de Goiás).
Negociações
Em nota, o MEC afirma que as negociações salariais com o Andes-SN começaram em agosto do ano passado, quando se acertou um reajuste linear de 4%. De acordo com o ministério, dada a “lenta tramitação do projeto de lei proposto pela Presidência da República ao Legislativo”, foi editada uma medida provisória no dia 11 de maio.
Ainda segundo o MEC, o plano de carreira de professores e funcionários deve ser aplicado somente em 2013.
Use o espaço dos comentários para contar se os professores da sua instituição de ensino também estão em greve.
*A ocupação das cátedras por militantes e propagandistas analfabetos, brutais, grosseiros e arrogantes, dispostos a sacrificar o futuro de seus alunos às ambições de poder do seu partido, é o maior crime que já se praticou contra a cultura neste país. Não podemos deter no ar a mão criminosa antes que o crime seja consumado. Mas podemos ao menos impedir que ele se consume nas trevas, a salvo dos olhares do público. – O. de C.
*Marcello Alves da silva
Esse conceito de direito de greve ao funcionário público e um dos casos mais cretinos e miseráveis que são aceitos via juízo banal. Acolher o regulamento do funcionalismo público moderno, com vastos direitos de greve e não ser a favor da restrição da capacidade do Estado. Muito pelo contrario. E dar domínios descomunais para que os interesses corporativos desses “funcionários” possam ser satisfeitos sob chantagens e ameaças contra o restante da população (leiam-se estudantes). O interessante é que militares não podem entrar em greve, Professores do chamado ensino superior podem. O conveniente é justamente o monopólio que existe no setor publico, quando esses chantagistas decidem parar seus trabalhos em beneficio próprio, para quem o cidadão de bem vai reclamar? E pior, por que não respeitam quem coloca comida na boca de vocês por toda vida? Quanto aos que respeitam e apóiam isso, somente tenho a lamentar.
A preocupação dos caras é com a CARREIRA e outros reajustes salariais.
Vocês distorcem tudo e faz isto parecer luta contra o REUNI, contra a precarização do ensino, pelos 10% do PIB para educação. Quando, na verdade, isso não passa de negociação de SALÁRIOS. Leiam o site do ANDES-SN, vejam os comentários…
certamente quem faz estes comentários não é professor! A precarização do ensino tem muito haver com o salário de vergonha que ganham os professores. Não há nenhum problema que cada classe lute por melhores condições salariais Um pós-doutor numa Universidade Federal ganha menos que qualquer TIRIRICA da vida e não é fácil passar a vida a estudar para ganhar uma mixirica qualquer que nem dá para comprar livros para o docente atualizar-se. SE o professor ganhar bem a sociedade ganha muito com isso e os senhores também, tenho a certeza!
Um comentário inteligente e verdadeiro de Luiza Muniz postado na Net, que retrata a verdadeira situação do ensino público e dos professores no Brasil. Leiam por favor: “Sempre estudei na escola pública e tenho orgulho disso! Graças a esses bravos profissionais hj tenho um bom cargo no TJDF(cargo de ensino médio, diga se) e com um salário pelo visto bem superior ao dos professores. Por isso acho justíssima a luta deles. Merecem muito mais!”