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GREVE GERAL 2012 – CAMPUS UNIFESP PIMENTAS GUARULHOS

GREVE GERAL 2012 – CAMPUS UNIFESP PIMENTAS GUARULHOS

Assim como a luta dos estudantes no Campus Unifesp Guarulhos, diversas categorias estão se organizando no país inteiro, sejam por salários, condições de trabalho ou ainda pela educação pública, gratuita, universal e de boa qualidade. Tudo isto pode ser constatado com uma rápida pesquisa na internet ou nos grandes veículos de comunicações.

O blog “Greve Unifesp 2012” traz todas as informações sobre os mais de 50 dias de greve em Guarulhos. Contem todas as contradições que envolvem os estudantes, docentes e técnicos, vítimas da precarizacão do Campus Guarulhos.

Na verdade tudo isto é resultado do Projeto Reuni que deve ser debatido e compreendido na sua totalidade, tanto do ponto de vista da sua origem e fim ate as consequências de uma expansão sem a necessária estrutura.

A ANDES – SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR recentemente convocou todas as entidades dos docentes que atuam nas universidades federais a exemplo da ADUNIFESP.

A ADUNIFESP convocou assembleia geral dos docentes em sua sede e, em Guarulhos, os docentes também estão se organizando para discutir os rumos desta convocatória, discutindo entre outros, a questão salarial, de carreira e condições de trabalho.

Os estudantes desde 22 de marco de 2012 após a aprovação da greve, realizaram numerosas atividades no Campus Guarulhos, na região dos Pimentas, em São Paulo e na sede da Unifesp, próxima ao Ibirapuera.

O momento e de unidade. Todos os sujeitos ou organizações que estão lutando no Campus Guarulhos devem aprofundar as questões organizativas, sem no entanto, deixar de construir uma frente que de uma linha política ao movimento, para alem dos grupos que surgem, originariamente contrários a greve.

O momento político e propenso para a constituição de uma ampla frente, construída a partir daqueles estudantes responsáveis pela autentica luta por melhorias gerais, espalhados nas diversas comissões que compõe o COMANDO DE GREVE.

Temos clareza de quais pessoas ou setores que são contrários a esta luta e, principalmente a burocracia que de forma desesperada, cometendo erros e mais erros, tentam a todo custo terminar com a greve, inclusive criando factoides com a clara intenção de provocar o movimento grevista, ameaçando individualmente os estudantes com aprovações na CONGREGACAO DE SINDICANCIAS, chamamento de policia no Campus, entre outros.

Neste sentido, dentro da luta interna do Campus, podemos dividir nossa pauta em 3 EIXOS CENTRAIS:

1. ANISTIA E LUTA CONTRA A REPRESSAO E CRIMINALIZACAO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL
2. PARIDADE NA CONGREGACAO E DEMAIS ORGAOS REPRESENTATIVOS DO CAMPUS GUARULHOS, INCLUSIVE NO CONSU.
3. INFRAESTRUTURA

Quanto a COMISSAO DE NEGOCIACAO, esta deve ser eleita em ASSEMBLEIA GERAL, permitindo que todos os setores envolvidos na luta participem com suas representações, tais como: ESTUDANTES PROCESSADOS, ESTUDANTES QUE OCUPARAM A DIRETORIA, ESTUDANTES DA COMISSAO DE DIALOGO E ESTUDANTES REPRESENTANTES NA CONGREGACAO.

Quanto aos demais grupos organizados contra a GREVE, tudo indica que ao negar este instrumento de LUTA – A GREVE, com certeza, mantendo sua coerência, não terão interesse em participar de qualquer negociação.

Também destacamos a importância da participação de diversos setores externo a UNIFESP Campus Guarulhos, sejam partidos, sindicatos ou movimentos sociais diversos, inclusive da região dos Pimentas.

O próximo evento será a MARCHA DAS VADIAS, dia 18 de maio, em resposta ao machismo e preconceito demonstrado no dia a dia da greve, principalmente no blog da greve e, na próxima segunda-feira, dia 21 de maio às 13 horas o evento Doe sangue por uma Universidade Publica de Qualidade e, às 19 horas, será realizada AUDIENCIA PUBLICA na ALESP.

FICA O CONVITE A TODOS OS PARTIDOS E ESTUDANTES QUE COMPOE ESTA FRENTE NA GREVE DA UNIFESP 2012

Fica o CONVITE a todas as FORÇAS PROGUESSITAS através dos seus filiados e dirigentes: participem da AUDIENCIA PUBLICA NA ALESP, dia 21.05.2012, 19 horas!

Aos partidos, sindicatos; centrais, movimentos sociais diversos e que defendem ações transformações e concretas na SOCIEDADE, junte-se aos seus MILITANTES, PARTICIPANTES OU NÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL (ordem alfabética): ANARQUISTAS; ADUNIFESP; LER; MNN; MST; PCB; PCdoB; PCO; POR; PSOL; PT; PSTU outros, a lista é imensa!

“COLETIVO FILOSOFIA DA PRÁXIS”
Guarulhos, 17 de maio de 2012.

Educação é a chave para o futuro do país: Uma análise do movimento grevista das Universidades Federais

Não podemos acreditar que haja governos capazes de pensarem que sem educação haja a ascensão de um povo. O Brasil é um país em crescimento econômico e social contínuo, agora alcançando o nível de nação que compete com outros, já considerados grandes no cenário mundial. Não é à toa que faz parte do mais novo bloco econômico do planeta, o BRIC–Brasil, Rússia, Índia e China. Entretanto, neste país territorial, alguns setores que atendem diretamente o público estão sempre em defasagem em relação a outros, mesmo na América Latina. É o caso da educação, doente desde as séries iniciais do ensino fundamental até os cursos de pós-graduação.

Se um dia os funcionários públicos foram o bode expiatório de um candidato a presidente da República, que os chamava de “marajás”, e conseguiu se eleger a partir de mentiras sobre profissionais que sempre tentaram dar o melhor de si para o atendimento público (digamos, a princípio, que alguns em Brasília de fato o eram), continuamos hoje a julgar os mesmos profissionais como herdeiros de salários imensos e capazes de tornarem toda uma classe como privilegiada: é mentira. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao congelar o salário desses servidores, desestruturou economias diversas, criando desequilíbrios até hoje mantidos em nossa sociedade.

Professores e técnico-administrativos das universidades públicas estão entre as classes que sofrem mais sanções do governo federal. Talvez este governo não considere que cidadãos graduados e pós-graduados possam tornar o Brasil melhor. De certa forma, os últimos presidentes, considerando os dois governos de Lula, conseguiram seus objetivos: um cidadão bem formado academicamente, prefere trabalhar em empresa privada a se tornar professor competente em universidade pública, não porque não queira ser professores, mas porque precisa sobreviver em um mundo onde a educação parece ter caído em descrédito. Alguém pode questionar: mas a Universidade não cresce ano após ano? O número de cursos e de alunos não aumenta consideravelmente de semestre para semestre? A realidade é outra, meu amigo… O REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – ampliou o número de cursos e, consequentemente, também o número de alunos, mas não estruturou as universidades com laboratórios, bibliotecas, outros espaços físicos e professores com salários satisfatórios, já que a contratação de novos professores, em grande parte não é consolidada. Se no passado, um professor era responsável por uma disciplina, hoje pode o ser por quatro, ganhando o mesmo salário, a saber, bem menor do que o que ganharia se aplicasse seus conhecimentos em outras empresas, muitas das quais sequer pensariam em preparar indivíduos para o amanhã.
Em movimento nesta tarde, dia 17 de maio, primeiro dia da greve nacional dos docentes das universidades federais, que foi deflagrada no último dia 15, a Praça Tiradentes, nosso querido espaço que há mais de 300 anos assiste impávido a tantos eventos, pôde abrigar centenas de alunos e professores da UFOP e de outras instituições, em luta por seus direitos constitucionais. Sem aumento salarial há mais de dois anos, ansiosos por desejarem mais recursos para a pesquisa e para a extensão, insistindo em querer transformar nosso país em uma nação melhor para todos, ali se reuniram alunos de todos os cursos, alguns dos quais de outras instituições, professores com mestrado, doutorado e pós-doutorado com o mesmo objetivo e pessoas vinculadas à educação, com o objetivo de tornar público o nível de insatisfação com o tratamento recebido pela nossa presidente e por outras autoridades responsáveis pela gestão de recursos públicos.
Alunos com nariz de palhaço e fantasiados de todos os tipos, batiam latas e bradavam pelo direito de terem uma universidade melhor. Matheus, aluno do curso de artes cênicas, vestido completamente de palhaço, disse à nossa equipe que assim se travestia porque a educação brasileira é de fato um grande circo, um palhaçada. O sociólogo e professor da UFOP, Ubiratan Vieira, lotado no Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas, nos informou da perplexidade que se sente quando se vê um governo ondese gastam milhões em estádios de futebol, oferecer 4% para professores e funcionários que há mais de dois anos não sabem o que é ter um centavo a mais no salário. Segundo ele, a postura da presidente é absolutamente inadmissível. A professora e psicóloga Margareth, do Departamento de Educação do ICHS, estava visivelmente abalada e nos informou que é muito triste ver a educação tomando este rumo no Brasil.
Os gritos de guerra e os cartazes erguidos por todos os presentes eram bastante atraentes quanto ao aspecto de como a educação vem sendo tratada pelas autoridades brasileiras:“educação não é migalha”, “ é ou não é piada de salão, ter dinheiro para a copa e não ter para a educação”, “eu sou estudante, eu quero estudar, mas o governo não uer deixar”, entre outros brados.
O professor Luís Antônio Rosa Seixas, ex-presidente da ADUFOP, uma vez que houve nova posse de diretoria no último dia 15, nos expôs a real situação das universidades federais no Brasil: inchamento pelo REUNI, professores estressados e doentes, insatisfação de professores, alunos e técnico-administrativos quanto às políticas de progressão de carreira e de reajuste salarial, entre outros fatores, contribuem muito para a queda de produção e desmotivação de trabalho na UFOP bem como em todas as universidades federais. Ainda segundo ele, houve um pequeno reajuste em 2010 e ficou negociado que até 31 de agosto de ano passado haveria proposta de ascensão profissional e incentivo na carreira, promessa não cumprida pelo governo federal. A greve é importante agora, porque se ela não existir, os profissionais terão que esperar até 31 de agosto para a definição das mesmas propostas sugeridas no ano passado, que podem ser abortadas pelo governo federal inclusive no próprio dia 31. É preciso haver colaboração de todos os acadêmicos para que a UFOP consiga seus objetivos. Em seu lugar, tomou posseo professor David Pinheiro, que também estava presente no movimento. Eles nos sugerem que a população pode acompanhar o movimento através do site www.adufop.com.br.
Após o evento na Praça Tiradentes, os grevistas, acompanhados de seus alunos, atravessaram o centro da cidade, inclusive a Rua São José, e se direcionaram à Reitoria, onde houve ocupação pacífica e quando o vice-reitor, em substituição ao reitor que se achava ausente, pronunciou seu discurso de apoio ao movimento. Novos encontros foram agendados em Mariana, na Praça Tiradentes e no Morro do Cruzeiro, para os próximos dias. O comando de greve local continua trabalhando em prol de toda a comunidade acadêmica e solicitou aos presentes que se mantivessem em equipe.
Policiais que acompanharam o evento afirmaram ter sido ele lícito e totalmente pacífico.

Elisabeth Camilo

Fonte: http://jornalvozativa.com/noticias/?p=13900

Notícia: País tem ao menos 30 universidades federais em greve

Paralisação começou nesta quinta-feira e segue por tempo indeterminado

Do R7

http://i2.r7.com/Federal de pernambuco 450.jpg

Ronaldo Santos/AE

Professores da Universidade Federal de Pernambuco (foto) e de outras 29 universidades federais iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado

Já chega a 30 o número de universidades federais que tem professores em greve. A paralisação nacional teve início na manhã desta quarta-feira (17) e segue por tempo indeterminado.

Não há um balanço total de alunos afetados pela paralisação. De acordo com o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), a greve ainda pode crescer e também se estender para outras instituições, inclusive estaduais.

As principais reivindicações da categoria são valorização da carreira, com planos e metas mais bem definidos, e melhoria da qualidade de ensino e trabalho dos docentes. Além de pedidos específicos de cada instituição. 

Além das 30 universidades, os professores do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais, também cruzaram os braços. Em São Paulo, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) deve decidir, ainda hoje, se vai aderir à paralisação.

Já a Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), a Universidade Federal do Sudeste de Minas e a Universidade Federal do Maranhão devem iniciam a greve na segunda-feira (21). Os professores da UnB (Universidade de Brasília) pretendem dar início à paralisação na próxima terça-feira (22). Continue lendo

Acontece no campus: Debate sobre REUNI

Hoje, 17 de maio de 2012, ocorreu no campus um debate sobre REUNI com a presença do Pró-reitor de assuntos estudantis Leduíno e Tamires representante da ANEL. Foram colocadas muitas questões e todos puderam esclarecer suas dúvidas em um debate aberto entre os estudantes. É importante frisar que nesse momento em que nos encontramos o debate político sobre as questões que envolvem nosso modelo de universidade vigente se fazem fundamentais para entender a conjuntura dos acontecimentos.

Por isso ressaltamos a importância de todos debaterem esse tema para fortalecer a nossa luta e o entendimento estrutural da situação do ensino superior no nosso país.

Exposição Leduínio
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Exposição Tamires

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Notícia: Assembleia Geral dos docentes da Unifesp debate indicativo nacional de greve

A Adunifesp realiza nesta quarta-feira (16) uma Assembleia Geral dos docentes da Instituição para debater o indicativo nacional de greve, aprovado no último dia 12 pelo setor das universidades federais do ANDES-SN. Os professores reivindicam uma reestruturação que valorize a carreira da categoria, melhores condições de trabalho nas instituições federais e o cumprimento pelo governo do acordo emergencial assinado em agosto do ano passado. Este último ponto foi atendido nesta segunda-feira (14), já que foi editada uma medida provisória garantindo as conquistas remuneratórias oriundas do acordo de 2011. A assembleia acontece às 12 horas, no Anfiteatro A, do campus de São Paulo (Rua Botucatu, 740, Vila Clementino).

A deliberação de greve nacional foi aprovada pela amplíssima maioria dos representantes das Seções Sindicais do ANDES-SN presentes na reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior, ocorrida nos dias 11 e 12 de maio. Agora esta decisão precisa ser referendada por assembleias em cada universidade federal. Durante esta semana, mais de 30 instituições devem realizar assembleias de base para deliberar a entrada ou não na greve. O ANDES-SN já comunicou ao Ministério da Educação a paralisação das atividades docentes a partir do dia 17 de maio.

Assembleia Geral dos Docentes da Unifesp
Quando: Nesta quarta-feira (16), às 12 horas
Onde: Anfiteatro A, rua Botucatu, 740, Vila Clementino, campus São Paulo
Pauta: 1. Mobilização nacional e negociações sobre salário e carreira docente
2. Discussão sobre o indicativo de greve nacional
3. Informes sobre as mobilizações locais em cada
campi

Postado seg, 14/05/2012 – 18:26 por Rodrigo Valente

fonte: http://www.adunifesp.org.br/artigo/assembleia-geral-dos-docentes-da-unifesp-debate-indicativo-nacional-de-greve

Nota sobre as cartas publicadas no blog

Vimos por meio de nota mais uma vez esclarecer a forma como tem sido publicada as cartas nesse blog.

Algumas pessoas tem levantado questões via comentários sobre algumas cartas em especial (como o manifesto Contraponto, a frente 5 de maio, ou a carta aberta não importa o ponto), requisitando que as pessoas que as escreveram assinem com seu nome após o texto. Dentro disso vimos esclarecer os critérios para publicarmos uma carta no blog.

Ressaltamos mais uma vez que é uma posição da comissão publicar todos os textos enviados ao e-mail e que o que difere um artigo pessoal a ser publicado no espaço de debate de uma carta aberta aos estudantes é justamente seu carater de construção coletiva. E como construção coletiva, as cartas enviadas para a comissão são publicadas no blog principal para acesso de todos os alunos.

Em relação a necessidade de identificação dos integrantes que escreveram o texto, defendemos que o coletivo se identifica por si só. Não há a necessidade de expor nomes, a não ser que essa seja uma iniciativa do próprio coletivo.  Portanto, esse não é um requisito para publicação de um texto.  E isso vale para a seção cartas e o espaço de debates dos estudantes.

Por fim, frisamos mais uma vez que é uma posição da comissão defender a livre-expressão e o espaço aberto para debate entre os estudantes e que toda discordância a qualquer artigo aqui publicado deve ser expressa via comentários ou pedidos de direito de resposta no e-mail da greve.

Divulgação: Doação de Sangue coletiva!

Galera, venho para convocar uma DOAÇÃO COLETIVA, em nome da Unifesp Guarulhos!

SEGUNDA FEIRA, 21 DE MAIO

Agora vamos lá, acabei de ligar para o hospital e a equipe estará funcionando normalmente e pronta para nos receber!

Hemocentro HSP
Rua Botucatu, 620
(Próx. Metrô Santa Cruz) Vila Clementino – São Paulo
Horário de atendimento:De Segunda a Sexta das 8h às 17h30min e aos Sábados das 8h às 13h

REQUISITOS BÁSICOS PARA DOAÇÃO DE SANGUE

Estar em boas condições de saúde.
Ter entre 16 e 67 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos, clique para ver documentos necessários e formulário de autorização).
Pesar no mínimo 50kg.
Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).
Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).
Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).

Impedimentos temporários

Resfriado: aguardar 7 dias.
Gravidez: 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.
Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses).
Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.
Tatuagem nos últimos 12 meses.
Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, como não usar preservativo com parceiros ocasionais ou desconhecidos: aguardar 12 meses.

Carta aberta aos estudantes – ou manifesto não importa o ponto

Diante dos últimos acontecimentos dentro do movimento estudantil e das diversas manifestações de grupos que surgem em apoio à greve, ocupação e até defendendo seu fim, nos sentimos na obrigação de nos manifestarmos também, nós, um coletivo de alunos que acredita que independente do ponto, o foco agora deve ser a luta.

Presenciamos algumas das ações do movimento, plenárias e assembleias e acreditamos que muito do quem sido dito na internet por parte do movimento anti-greve é distorcido em argumentos falsos e polêmicas desnecessárias. Porém não concordamos com algumas ações do comando de greve também, por isso gostaríamos de pontuar nossa posição política em relação ao que tem sido construído nos quase dois meses de greve:

Há muitas críticas a forma como o comando de greve tem se constituído e concordamos quando a questão do calendário é levantada, porque de fato, muita coisa é proposta, mas poucas são as atividades que ocorrem no campus durante a semana. Cobramos das comissões uma melhor organização das atividades e a garantia que elas ocorram, para que o movimento não se esvazie ainda mais e se perca esse importante momento de discussão política no campus. Acreditamos também que as plenárias muitas vezes são confusas e tem discussões que pouco acrescentam ao movimento. Diante disso pedimos que os estudantes que votaram a favor da greve se mobilizem para trabalhar nas comissões e construir o processo, mas também que haja mais clareza nas falas e colocações tanto em assembleia, quanto em plenária.

Quanto às assembleias gerais, acreditamos que não há neutralidade quando se está à frente de uma assembleia, mas defendemos a imparcialidade das ações individuais das pessoas que compõem a mesa. Neutralidade e imparcialidade são coisas distintas e acreditamos que é possível trabalhar dessa forma. Por isso acreditamos que as votações quando muito acirradas (como foi o caso da última votação para manter ou não a greve) devem ser contadas e a mesa dever ser mais responsável nessa decisão pela garantia da democracia no nosso movimento. No entanto também defendemos que haja a discussão política nas assembleias por meio da garantia das falas. Repudiamos, portanto as posições infantis de pessoas que se organizam simplesmente para comparecer e votar contra a greve e que não se propõe a participar do debate político.

Também defendemos que a plenária aberta deve ser mantida quanto espaço para debate de todos envolvidos no movimento e que ela não só pode como deve ter caráter deliberativo, afinal, muitas coisas acontecem todos os dias no campus e não dá para esperar uma assembleia para decidir o que fazer. No entanto manifestamos nossa posição contrária a ações que foram construídas pelos estudantes, mas que não passaram por aprovação do comando, como a própria construção do espaço Marighella. Não somos contra o espaço, mas acreditamos que isso deveria ter sido discutido no mínimo em plenária do comando, entre outras coisas que acabam acontecendo sem passar pelo comando. Apesar de pequenos impasses como esse, defendemos a legitimidade das comissões e do próprio comando que tem construído o movimento e avançado na luta. Inclusive defendemos que a ocupação que foi deliberada em plenária é sim legitima, por ter sido votada democraticamente em reunião aberta a todos estudantes e que independente das divisões que surgem após esse processo, a ocupação pode ser avaliada como uma pequena conquista, pois dela é fruto a audiência pública na ALESP e a reunião com a reitoria.

Aproveitamos para ressaltar frente aos últimos acontecimentos que em nossa visão é uma perda grande quando os estudantes começam a se dividir por discordâncias políticas, partidárias ou pessoais. As diferenças existem e temos que trabalhar com elas de forma a agregar e fazer o movimento ganhar força dentro do corpo de estudantes e não segregar. Quando determinadas frentes ou coletivos decidem“radicalizar” ou “confrontar” o movimento, quem perde SÃO TODOS OS ESTUDANTES, que desanimados e confusos com essas picuinhas estudantis, deixam de construir aquilo que importa nesse momento: A CONQUISTAS DE NOSSAS PAUTAS.

Por isso APESAR de defendermos a liberdade de organização desses coletivos e frentes dentro do movimento, COLOCAMOS a questão para reflexão de todos os estudantes que fazem parte desses grupos e frentes avaliarem se nesse momento tais atitudes tem sido efetivamente construtivas dentro da mobilização estudantil, ou se tem representado um desgaste para ambas as partes, culminando em ações violentas entre os estudantes.

Nisso pontuamos a questão dos piquetes e da violência que muito tem sido discutida nesse movimento. Em nossa visão os piquetes só existem porque os estudantes ainda não entenderam que uma assembleia de estudantes é soberana e que sua decisão deve ser respeitada independente de posições pessoais. Toda ação na tentativa de não respeitar essa decisão e entrar na aula representa, ao nosso ver, ou uma falta de entendimento político do caráter democrático de uma assembleia, ou uma atitude individualista de um corpo de alunos que não respeita o coletivo. Em ambas as situações defendemos que deve haver o dialogo e se necessário, ações diretas na tentativa de fazer valer a decisão da assembleia.

Entendemos que muita coisa tem sido distorcida na internet sobre os casos de “agressão aos professores”, mas também repudiamos algumas ações individuais de alguns estudantes do movimento que não respeitam a consciência política de cada individuo e partem para agressões verbais que julgamos desnecessárias. Inclusive, aproveitamos para expor que os ânimos exaltados entre os estudantes representam um ganho para a reitoria/diretoria acadêmica, pois ao invés de nos unirmos para fortalecer a luta, temos presenciado agressões, atrás de agressões que partem dos próprios estudantes.

Também entendemos que isso é fruto de um processo que partiu da própria direção da universidade quando decidiu instaurar processos de sindicância contra estudantes do movimento estudantil. Para nós é evidente que os estudantes se sentiram ameaçados e isso desencadeou uma sucessão de ações radicais do próprio movimento. Porém acreditamos que é a hora de “tomar um chá e esfriar a cabeça” para pensarmos coletivamente em ações efetivas que nos levem a conquista de nossas pautas.

Repudiamos também os comentários e manifestações agressivas, machistas e politicamente baixas que ocorrem no blog e nas redes sociais. Defendemos a conscientização de todos os estudantes através de constante debate, o respeito a livre expressão, desde que tais debates se deem por meio de argumentos sólidos e construtivos e não esse circo que encontramos na internet. Convidamos os estudantes que tem dúvidas a comparecer ao campus para esclarecer, conversar, participar e questionar as ações do movimento para que cada estudante possa formar uma opinião sólida sobre o que ocorre no campus ao invés de acreditar nos argumentos e fatos distorcidos que frequentemente surgem na rede.

Por fim, REPUDIAMOS ACIMA DE TUDO a má administração por parte da diretoria do campus, as decisões por parte da congregação em punir os alunos em sindicância, a inércia da reitoria e as perniciosas políticas públicas que mantém e agravam a situação de descaso com o ensino superior desse país.  Não podemos nos esquecer quem são os verdadeiros responsáveis por essa situação de caos entre os estudantes, nem do motivo pelo qual estamos em greve!

Assim, acreditamos que apesar dos erros do comando, há um grande esforço por parte de todos os envolvidos ativamente em manter a mobilização e avançar para conquista das pautas. Isso se mostra no avanço político das discussões no campus e até no blog, que inclusive é visto por nós como uma ferramenta muito boa para criar um movimento democrático e transparente. Nisso qualquer discordância pode e deve ser feita por forma de manifesto, protesto ou o que for, mas que é importante que haja uma iniciativa de construir. Defendemos então a união de todos os estudantes frente aos nossos verdadeiros inimigos: As políticas que atrasam o avanço da educação nesse país e a má administração que nos coloca nessa situação de caos acadêmico!

Porque não importa o ponto, importa a luta!

Coletivo de alunos que acreditam na luta